terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Este post é dedicado à Mariana Lyrio, anfitriã do blog Outro Quintal,
com bastante carinho.

Bonitas são as coisas vindas do interior,
as palavras simples, sinceras e significativas;
o sorriso que vem de dentro,o brilho dos olhos...
Bonito é o dia de sol depois da noite chuvosa
Bonito é procurar estrelas no céu e
dar de presente ao amigo, amiga, namorado...
Bonito é chorar quando se sentir vontade
e deixar que as lágrimas rolem
sem vergonha ou medo de crítica.
Bonito é ser realista sem ser cruel,
acreditar na beleza de todas as coisas.
Bonito é a gente continuar sendo gente em quaisquer situações.
Bonito é você ser você.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008


por Dudu Falcão
Feliz !!! (voz: Maria Rita)

vem pra misturar juízo e carnaval
vem trair a solidão
vem pra separar o lado bom do mal
e acalmar meu coração
vem pra me tirar o escuro e a sensação
de que o inferno é por aqui
vem pra se arrumar na minha confusão
vem querendo ser feliz !!

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Apenas mais um de Fernando Pessoa!

Sonhe com as estrelas, apenas sonhe, elas só podem brilhar no céu.
Não tente deter o vento, ele precisa correr por toda parte,
ele tem pressa de chegar, sabe-se lá aonde.
As lágrimas? Não as seque, elas precisam correr na minha, na sua,
em todas as faces.
O sorriso! Esse, você deve segurar, não o deixe ir embora, agarre-o!
Persiga um sonho, mas, não o deixe viver sozinho.
Alimente a sua alma com amor, cure as suas feridas com carinho.
Descubra-se todos os dias, deixe-se levar pelas vontades, mas, não enlouqueça por elas. Abasteça seu coração de fé, não a perca nunca.
Alargue seu coração de esperanças, mas, não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte! Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente. Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-as.
Se perder um amor, não se perca! Se o achar, segure-o!
Circunda-se de rosas, ama, bebe e cala. O mais é nada.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008


por Alberto Caieiro ( Fernando Pessoa)

O meu olhar é nítido como um girrasol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...

E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...

Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...

Creio no mundo como um malmequer,
Porque o vejo, mas não penso nele
Porque pensar é não compreender..

O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo da natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...