sexta-feira, 2 de outubro de 2009

De volta à CASA..

Foto: Ricardo S. Figueira

Numa quinta feira, às onze horas e dois minutos da manhã, do dia treze de junho de 1985, nascia uma menina, cheia de sonhos, desejos e a certeza que viria ao mundo para ser feliz e fazer outras pessoas felizes.

Uma criança muito ativa, que aprendeu a andar com 8 meses, gostava muito de brincar e não tinha frescura com comida. Adorava sua escolinha e ficava triste quando chegava a hora de ir embora. Tem lembranças marcantes das festas juninas do colégio e dos aniversários, que quase sempre eram comemorados na escola, por ali estar, as pessoas que gostava.


Aos oito anos, mudou-se para uma cidade no interior de Goiás, chamada Caldas Novas, conhecida como a maior cidade hidrotermal do mundo, o paraíso das águas quentes. Lá, morou durante cinco anos, em uma vila construída para os funcionários da empresa onde o pai trabalhava, na construção de uma hidroelétrica.


Uma infância muito bem aproveitada, interagindo com pessoas vindas de todas as partes do Brasil, um misto de culturas sem dimensão. A vida escolar marcada pela oportunidade de estudar em um colégio maravilhoso. Participação de grupos de teatro, dança, aulas de artes, feiras científicas, gincanas e campeonatos esportivos com o professor Bené, era a goleira do time de handeball, seu esporte preferido da época.

Lembra das inúmeras reuniões de trabalho na casa dos amigos. Era uma aluna tímida em sala de aula. Gostava mesmo dos trabalhos escolares, da montagem das peças de teatro e da elaboração das coreagrafias das apresentações. Possue amigos dessa infância até hoje, mesmo com a distância.

Foi a esta CASA que eu voltei hoje, a casa das lembranças mais límpidas e de uma vida feliz em sua essência.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Maturidade


por Elizabeth Cavalcante

Para mim, o principal desafio da vida consiste em alcançar a maturidade. Mas esta é uma qualidade que independe da idade cronológica. Muitos jovens se revelam extremamente maduros em suas atitudes, enquanto alguns adultos continuam agindo de modo adolescente.

O principal atributo da maturidade consiste em assumirmos a responsabilidade por nossas escolhas. Enquanto não atingimos esse estágio, prosseguimos com medo de tomar decisões por receio de fazer uma escolha errada.
Ao invés de aceitar o erro como um importante caminho para o aprendizado e o crescimento interior, a maioria das pessoas tem pavor de cometer enganos, muitas vezes por terem sido educadas de forma rígida e, como conseqüência, terem se tornado crianças e jovens aos quais nunca era permitido errar.

O erro é um método eficaz quando conseguimos aprender com ele e não repetimos as mesmas atitudes equivocadas. Entretanto, desejar obter cem por cento de certeza antes de fazer alguma escolha, nos paralisa e acaba resultando numa vida de estagnação e sofrimento.

Ao cometer um engano, podemos rever nossas decisões, pois a vida não é estática, ela é mudança permanente e nos concede sempre a chance de optar por novos caminhos. Precisamos decidir, acima de tudo, se estamos dispostos a pagar o preço que for necessário pelo que estivermos escolhendo.

A maturidade também consiste em não fazer ao outro aquilo que não queremos para nós. Ter consciência de que cada um de nossos atos, por menor que seja, terá uma conseqüência, é o primeiro passo para evitarmos a armadilha do egoísmo, onde somente nossos desejos encontram espaço.

A partir do momento em que tomarmos decisões conscientes e enfrentarmos, corajosamente, as conseqüências de nossos atos, poderemos enfim celebrar a chegada da maturidade, um momento precioso em que passamos a assumir nossa autenticidade, independente do julgamento alheio.

Foto: Nuno Boavida